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O Sudeste Asiático ganha destaque no cenário energético global com crescimento acelerado da demanda


O Sudeste Asiático desponta como uma das regiões com maior potencial de crescimento no consumo de energia nos próximos anos. Segundo um recente relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), a região, impulsionada por um rápido crescimento econômico e populacional, deverá responder por cerca de 25% da expansão da demanda energética global até 2035. Este aumento coloca o Sudeste Asiático atrás apenas da Índia em termos de necessidade energética, ultrapassando até mesmo a demanda da União Europeia em meados do século.


Para atender a essa crescente necessidade de energia, a região busca alternativas sustentáveis, com a projeção de que fontes limpas, como eólica, solar e bioenergia moderna, atendam a mais de um terço desse aumento de demanda até 2035. Esse avanço, embora positivo, ainda não é suficiente para estabilizar as emissões de CO₂. Estima-se que, sem ações adicionais, as emissões de carbono relacionadas à energia no Sudeste Asiático possam crescer 35% até 2050. A meta ambiciosa da região é reduzir as emissões à metade até o meio do século, em conformidade com os compromissos estabelecidos na COP28. Das dez nações que compõem a ASEAN, oito já anunciaram metas de emissões líquidas zero, comprometendo-se com uma transição para um futuro mais sustentável.



Investimentos Necessários e Infraestrutura para Sustentar a Transição Energética


Apesar do seu rápido crescimento, o Sudeste Asiático ainda atrai apenas 2% dos investimentos globais em energia limpa, um índice relativamente baixo para uma região que representa 5% da demanda mundial por energia e abriga 9% da população global. Para alinhar suas metas de redução de emissões, o relatório da AIE aponta que a região precisa de um aumento de cinco vezes nos investimentos em energia limpa, atingindo cerca de US$ 190 bilhões até 2035. Investimentos em infraestrutura também são essenciais, com a necessidade de dobrar o capital destinado a redes elétricas para quase US$ 30 bilhões anuais. Esse esforço inclui a modernização e expansão das redes de energia, com iniciativas como a ASEAN Power Grid, que visa garantir uma integração energética regional, além do desenvolvimento de microrredes renováveis para atender áreas isoladas.


Além disso, o relatório da AIE destaca os benefícios econômicos da transição energética, com a criação de mais de 85.000 empregos na região desde 2019. Países como Indonésia, Vietnã, Tailândia e Malásia já se posicionam como grandes produtores de tecnologia de energia limpa, e Cingapura, com seu importante porto, pode desempenhar um papel estratégico na descarbonização do transporte marítimo global.




Cooperação Internacional e o Futuro Energético do Sudeste Asiático


A transição energética do Sudeste Asiático depende também de uma estreita cooperação internacional. A abertura do primeiro escritório da AIE fora de Paris, em Cingapura, reflete o comprometimento em apoiar a segurança energética e a implantação de tecnologias de energia limpa na região. Com uma abordagem focada no fortalecimento das redes regionais e no avanço das capacidades internas, o Sudeste Asiático está em um momento crucial para estabelecer-se como um pilar de sustentabilidade no cenário energético global, enfrentando os desafios climáticos e geopolíticos com inovação e parcerias estratégicas.





Acesse o relatório completo AQUI:






REDAÇÃO RADARH2

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