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por Carlos Peixoto e Ricardo Ferracin
Durante a primeira semana do mês de agosto conduzimos uma pesquisa informal junto a colegas relacionados com a economia do Hidrogênio no Brasil. O grupo de whatsapp contava então com 239 participantes, sendo vários deles muito ativos nas discussões. A pesquisa trazia uma única pergunta, com 6 alternativas de resposta.
A pergunta: Você utiliza as ferramentas disponibilizadas gratuitamente no website da Empresa de Pesquisa Energética – EPE?
As alternativas e o número de cada uma recebida:
Não conheço esses recursos: 6
Sei que existem, porém não utilizo: 3
Acessei, porém não achei úteis: 0
Acessei, porém não achei fáceis de usar: 1
Utilizei algumas vezes: 11
Utilizo regularmente: 4
Dessa forma, dos 239 participantes do grupo de whatsapp, 25 responderam à pesquisa, a qual permaneceu aberta por 5 dias.
Durante esse período foram feitas algumas gestões individuais com membros do grupo, solicitando apoio para compor um número que pudesse ter algum significado estatístico. Explicou-se também que buscávamos identificar o grau de relevância do assunto para o grupo.
Entendemos que 25 respondentes de 239 não é exatamente uma amostra representativa. Observa-se que não foi dada uma sétima alternativa, tal como: “Não tenho interesse no assunto”.
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O dado positivo é que 64% dos respondentes já utilizaram as ferramentas. No entanto, são apenas 16% os respondentes que utilizam o acervo de ferramentas com regularidade.
De alta relevância, porém, é que 24%, ou 6 de 25, não conhecem os recursos disponibilizados. Se somamos a esses os 3 que conhecem, porém não usam, temos 36%, número que chama a atenção.
Tendo em vista que a EPE é patrimônio do povo brasileiro e que entre seus principais objetivos está realizar estudos e pesquisas que orientem o planejamento energético do país, visando a redução das assimetrias de informação e propiciando a mitigação de riscos na tomada de decisões do setor, seria interessante investigar mais a fundo as razões desse desconhecimento por parte de um público tão especializado.
Obviamente que não pretendemos inferir que a amostragem dessa pesquisa informal seja representativa do universo que corresponde ao público alvo da EPE, observando o fato de que, por estatuto, o público primário da EPE são o MME e o CNPE.
Consideramos, no entanto, que o objetivo da pesquisa tenha sido alcançado, na medida em que dos 25 respondentes, houve apenas 1 que não considera as ferramentas da EPE fáceis de usar. Entretanto, tendo em vista que o grupo é de executivos, empresários, consultores, servidores públicos e membros da academia, ou seja, uma amostra relevante no espectro do setor do hidrogênio no Brasil, esse resultado pode significar que seja necessário explicar melhor a este público específico como essas ferramentas funcionam e sua importância.
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A propósito, divulgamos abaixo o website da Empresa de Pesquisa Energética, um patrimônio nacional que completa esse mês 20 anos de existência, dispondo de quadros extremamente bem preparados e um pujante acervo de dados, inteligência de mercado, informações, opiniões e recomendações, além de notas técnicas sobre temas de alta complexidade relativos ao panorama energético brasileiro e sua inserção global. Ademais, a EPE participa de diversos fóruns internacionais de energia, levando a posição brasileira que goza de alta consideração, promovendo o intercâmbio com entes globais responsáveis pelo planejamento energético, além de divulgação de informações fundamentadas e atualizadas.
Convidamos a todos que lidam com o mercado de energia a fazer consulta periódica aos dados e informações disponibilizados pela EPE em (https://www.epe.gov.br/pt). Aqui o usuário poderá encontrar Notas Técnicas, o Plano Nacional de Energia, que é um instrumento de suporte ao desenho da estratégia de longo prazo para o planejador com relação à expansão do setor de energia, bem como mapas interativos, o Balanço Energético Nacional - BEN, painéis interativos, ABC de energia, etc.
Abaixo link de alguns documentos da EPE altamente relevantes para o setor:
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O texto acima é de responsabilidade dos autores, não significando necessariamente a posição das empresas ou entidades a que estejam eventualmente associados.
Carlos Peixoto é cofundador e CEO da H2helium, consultoria dedicada aos mercados de energias renováveis e hidrogênio de baixa emissão de Carbono. Atualmente está ligado à Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil – Britcham, Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ, Associação Brasileira do Hidrogênio – ABH2 e Associação Brasileira de Captura e Armazenamento de Carbono – CCS Brasil.
Ricardo Ferracin é Gestor de H2V na Nova Engevix, elaborando projetos de Engenharia e de Inovação, Pesquisa e Desenvolvimento no tema Hidrogênio e seus derivados, além de prestar consultoria no tema. Foi sócio fundador da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2), membro do comitê da ABNT no tema hidrogênio , Diretor de Tecnologia de Hidrogênio da Associação Brasileira de Energia de Resíduos e Hidrogênio (ABERH), ligada à Câmara de Comércio Brasil e China, além de atuar como Professor de Pós – Graduação na UFPR, IPOG e FIA BUSINESS SCHOOL.
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