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EUA e China lideram G20 na corrida pelo hidrogênio, aponta estudo da Universidade de Sheffield


Os Estados Unidos e a China estão na vanguarda dos esforços globais para desenvolver combustíveis de hidrogênio de baixo carbono, segundo nova pesquisa conduzida pela Universidade de Sheffield, no Reino Unido. O estudo, publicado na revista Renewable and Sustainable Energy Reviews, avaliou legislação, investimento e estratégias em todos os países do G20 — as 20 maiores economias do mundo — com o objetivo de mapear o grau de maturidade de cada nação na construção de suas economias de hidrogênio.


De acordo com os pesquisadores, EUA e China demonstram avanços consistentes em todos os critérios analisados. Em seguida, aparecem o Reino Unido, a União Europeia e o Canadá. Em contrapartida, México, Arábia Saudita, Indonésia e Turquia foram classificados como as nações com os sistemas menos desenvolvidos nessa área. O Brasil, ao lado de Japão, Índia, África do Sul, Rússia e Argentina, apresentou desempenho desigual: apesar de estratégias nacionais em andamento, carecem de investimentos robustos e da implementação de padrões técnicos mínimos para consolidar um mercado funcional de hidrogênio.


Essa assimetria revela uma fragilidade estrutural entre as economias do G20 no que diz respeito à transição energética. Segundo os autores, sem uma base normativa comum e objetivos coordenados, o avanço da economia do hidrogênio corre o risco de fragmentação e ineficiência — comprometendo o potencial do vetor energético para substituir combustíveis fósseis e reduzir emissões globais de carbono.




Chamado por padrões internacionais para acelerar a transição energética


A pesquisa identificou que apenas EUA, China e Reino Unido publicaram padrões atualizados para o uso de hidrogênio, enquanto países como Argentina, França e Itália desenvolveram normativas nacionais recentes. Em contraste, grandes economias como Brasil, Índia, Japão, México e Rússia ainda não estabeleceram qualquer legislação formal na área — um vácuo regulatório que, segundo os autores, compromete a criação de um mercado global coeso.


Para o professor Lenny Koh, diretor do Advanced Resource Efficiency Centre e codiretor do Energy Institute da Universidade de Sheffield, a criação de um padrão internacionalmente reconhecido é imperativa. “Embora alguns países estejam avançando bem, há muitos que estão ficando para trás. Uma ação fundamental seria o desenvolvimento de padrões internacionais, começando por uma definição clara de hidrogênio e limites de emissão padronizados. Isso reduziria a confusão entre stakeholders e ajudaria a estabelecer um mercado unificado no G20”, defende.


Ao expor a diversidade de estágios entre os países, o estudo oferece um mapa estratégico para decisões políticas e investimentos dirigidos. Mais do que uma análise técnica, o trabalho da Universidade de Sheffield lança um alerta: o hidrogênio pode ser o combustível do futuro — mas somente com coordenação internacional será possível transformá-lo em vetor global da descarbonização.

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