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O Brasil deu um passo significativo em sua trajetória rumo à transição energética com a aprovação do maior projeto de produção de hidrogênio de baixa emissão de carbono em larga escala no país. O empreendimento será instalado na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Pecém, no estado do Ceará, e representa um marco na estratégia brasileira para impulsionar fontes de energia sustentáveis. Com um investimento de R$ 17,5 bilhões e potencial de produção de até 2,1 gigawatts (GW), o projeto não só reforça o papel do Brasil na descarbonização global, como também traz consigo oportunidades econômicas e tecnológicas de grande porte.
Um Hub de Hidrogênio no Ceará
O projeto da Brasil Fortescue Sustainable Industries Ltda faz parte de uma visão maior: a criação de um hub de hidrogênio no Ceará. A iniciativa prevê uma capacidade de produção inicial de 1,2 GW por ano, com possibilidade de expansão para 2,1 GW em sua segunda fase. O hidrogênio de baixa emissão, que é produzido a partir de fontes renováveis como energia eólica e solar, apresenta uma alternativa energética limpa, sem emissões significativas de carbono.
A localização em Pecém é estratégica, dado o potencial energético do Ceará, que possui uma oferta abundante de energia eólica e solar, essenciais para a produção desse tipo de combustível. Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, “o Brasil tem todas as condições para ser o grande protagonista da transformação ecológica que o mundo inteiro busca”. O projeto, além de simbolizar a capacidade industrial brasileira de integrar inovação e sustentabilidade, deverá gerar mais de 9 mil empregos diretos e indiretos ao longo de sua implementação e operação, prevista para começar em outubro de 2023, com conclusão em agosto de 2028.
Investimentos em Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I)
Um dos aspectos mais relevantes da aprovação do projeto está na contrapartida de investimento em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), conforme as diretrizes da Missão 5 da Nova Indústria Brasil (NIB), que abrange bioeconomia, descarbonização e transição energética. O projeto também será beneficiado pelo Regime Especial de Incentivos para a Produção de Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (Rehidro), incentivando o uso de tecnologia nacional e fortalecendo a PD&I no setor energético.
Esses investimentos podem contribuir diretamente para o desenvolvimento de novos centros de inovação no Ceará, como o Centro de Inovação e Pesquisa do Complexo do Pecém e o ITA Fortaleza, além de promover a criação de cursos de especialização no campo de hidrogênio de baixa emissão de carbono no Instituto Federal do Ceará (IFCE-Pecém). Esse compromisso com o desenvolvimento científico e tecnológico reforça a capacidade do Brasil de competir globalmente na produção de hidrogênio de baixa emissão, ao mesmo tempo que cria um ecossistema sustentável e inovador.
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A Importância Estratégica para a Transição Energética Global
O hidrogênio de baixa emissão de carbono é amplamente considerado uma peça-chave na transição energética global, pois pode ser utilizado tanto na produção de eletricidade quanto em indústrias pesadas, que demandam alta intensidade energética. A produção dessa forma de hidrogênio no Brasil não só ajudará a reduzir as emissões globais de carbono, mas também poderá posicionar o país como um exportador líder de energia limpa.
A iniciativa de Pecém se alinha com os esforços globais para atingir metas de neutralidade de carbono até 2050, estabelecidas no Acordo de Paris. Além disso, o projeto contribui para a consolidação de um mercado de hidrogênio sustentável, que pode abastecer não só o Brasil, mas também mercados internacionais, dado o crescente interesse por fontes energéticas de baixo impacto ambiental.
REDAÇÃO RADARH2
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